sábado, 19 de junho de 2010
Postado por
Liu Lopes
às
16:08
MANUEL BANDEIRA
Vou-me Embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolhere
Vou-me embora pra Pasárgada.
José de Sousa Saramago
Uma homenagem ao poeta...
Português, Romancista, contista, dramaturgo, poeta.
Além do Nobel de Literatura de 1998. ganhou o Prémio Camões, o mais importante prémio literário da língua portuguesa. Saramago foi considerado o responsável pelo efectivo reconhecimento internacional da prosa em língua portuguesa.
Faleceu aos 87 anos.
"Vai o poeta, fica a sua obra"
Uma homenagem ao poeta...
Português, Romancista, contista, dramaturgo, poeta.
Além do Nobel de Literatura de 1998. ganhou o Prémio Camões, o mais importante prémio literário da língua portuguesa. Saramago foi considerado o responsável pelo efectivo reconhecimento internacional da prosa em língua portuguesa.
Faleceu aos 87 anos.
"Vai o poeta, fica a sua obra"
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Postado por
Liu Lopes
às
06:12
Umas das minhas músicas preferidas.
Escrita por um "Poeta"
Para apreciar...
[b]Mais músicas para Orkut!
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Postado por
Liu Lopes
às
17:08
Si digo pan
y mi poema no convoca
a los hambrientos a la mesa,
es porque la palabra ya no sirve
y la poesía exige otro lenguaje.
Si digo amor
y mi poema no provoca
una tormenta de besos y canciones,
es porque la palabra perdió su magia
y la poesía debe buscar una nueva voz.
Si digo vida
y mi poema no revienta
un alba de luceros y primaveras,
es porque la palabra quedó sin dioses
y la poesía debe estar al servicio del hombre.
Si digo libertad
y mi poema no revoluciona
la conciencia de los sedientos de paz,
es porque la palabra dejó de ser instrumento
y la poesía está obligada a cambiar de poetas.
Gilberto Ramírez Santacruz
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